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sexta-feira, outubro 28, 2005

Politica: Reflexões de uma cafetina brasiliense

A dona do puteiro
Reflexões de uma cafetina brasiliense.

"Baixa tanto político no meu privê que coloquei o nome do estabelecimento de
'Metida Provisória'. Esta semana, com tanta gente para me aparecer, adivinha
quem resolve dar o ar da graça ? Severino.

"Depois dizem que puta é mulher de vida fácil. Fácil ? Quero ver encarar.
Se um milhão de pessoas vaiaram o sujeito vestido, imagina sem roupa.
Mas nada que cinco notas de cem não o transformem num Suplicy.
Vem com a mamãe, Severino.
Apaguei as luzes por motivos óbvios. Desci com a mão até o baixo clero, mas
o dito-cujo era nanico.
Pensei: É, Severino, está precisando conseguir um aumento pro rapaz aqui,
hein ?
Para incentivar, comecei a falar umas palavras de 'baixo escalão' :
"- Vem, Severo. Me chama de Congresso e me desarruma. Pensa que eu sou o
governo e me mete o pau. Finge que eu sou teu filho e me bota lá dentro ...
Pensa que eu sou o orçamento e acaba comigo. Vai, Severo. Finge que eu sou o
povo e me leva à loucura.
"O Severo deve ter gostado. Tanto que começou a dizer que ia me tirar dessa
vida, que ia me arrumar um emprego no Congresso e coisa e tal. Isso já é
'neputismo', pensei. Mas, como ele conseguiu transformar o Congresso numa
zona, até faz sentido ..."

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